quinta-feira, 13 de setembro de 2012


O aparelho de ser inútil estava jogado no chão, quase
coberto de limos -
Entram coaxos por ele dentro.
Crescem jacintos sobre palavras...”

                           -Manoel de Barros.

     DIZERES DO OUTONO

A falta de polimento das palavras
torna o homem áspero, carrancudo;
Os terrenos que dentro de ti lavras
libertarão o que quer dizer um mudo.
As garras do arado passam bravas
deixando sulcos nas feições da gente
e um dia, o litoral que tanto amavas
surge nos olhos de quem não mente.

Enfrentar o mundo é recuar às vezes
e deixar que ele se resolva sozinho;
viver os dias sem pensar nos meses
e ser escolhido por um novo caminho.
Nem sabemos mais onde fica o ninho
que entorpeceu a prole de prazeres.
Nem a rosa que como um bom vinho
se desfolha em perfumes e dizeres.

Sergio Brandao, 12.09.2012.

3 comentários:

vendedor de ilusão disse...

Olá caro amigo,
Com satisfação lhe aviso que saiu a programação do 1º Prosas Poéticas; saiba em que dia será feita a sua apresentação.
Um abraço e até mais!

vendedor de ilusão disse...

Olá caro amigo, bom dia!
Com satisfação, venho para lhe comunicar que o Prosas Poéticas já está no ar!
Espero que seja do seu agrado.
Um abraço e até mais...

verinha disse...

Bom dia,Sergio!

Parabens pelo trabalho.

És talentoso....e muito.
vera portella